sexta-feira, 6 de maio de 2016

Trabalho infantil - Crianças exigem direito à infância


Trabalho infantil - Crianças exigem direito à infância


Aos 12 anos, Anna, nascida no Lémen, foi obrigada pelas circunstâncias a deixar a escola para trás. E também a infância. A avó, que tomara conta dela depois da morte do pai, adoeceu e deixou de ter meios para a sustentar. Uma tia arranjou-lhe emprego noutro país. Na casa para onde foi servir, como empregada doméstica, na cidade filipina de Malaybalay, Anna era molestada sexualmente. Mais tarde, quando percebeu que planeavam destinar-lhe outras tarefas – transportar drogas nas ruas de Manila – fugiu.
A Bien, nascida nos Camarões, foram as marcas dos maus tratos que o seu corpo fraco exibia que denunciaram o drama em que a sua curta vida se tornara. Órfã de pai e mãe desde os 11 anos, era obrigada por uma tia a acordar às três da manhã para fazer a lida da casa, passar a ferro, lavar a loiça, fazer comida. O resto da jornada era dedicada a vender bolos junto a uma escola. Quando se enganava nos trocos, batiam-lhe. Até que um dia um vizinho contactou a coordenação nacional da Marcha Mundial contra o Trabalho Infantil, e relatou o que se passava.
Hoje, Anna tem 16 anos e Bien é um ano mais velha. As suas curtas biografias aparecem na lista dos delegados do I Congresso Mundial de Crianças contra o Trabalho Infantil – que, entre os dias 10 e 13 de Maio passado reuniu, na cidade italiana de Florença, crianças provenientes de várias partes do mundo. Através desses pequenos textos ficamos a saber que ambas as meninas estarão a ser devidamente acompanha das. O pesadelo teve um fim.
As histórias de Anna e Bien não são muito diferentes das de outras crianças participantes neste congresso, bem como de outras ainda que era suposto terem participado, mas a quem o Governo italiano não deu autorização para entrar no país. Promovido pelo movimento Marcha Mundial contra o Trabalho Infantil, o evento teve, ainda assim, a originalidade de dar voz a quem já foi, ou ainda é, vítima de exploração. E de pôr políticos, representantes da banca mundial e de organizações internacionais a ouvir as suas exigências.
Segundo os cálculos da Organização Internacional do Trabalho (OIT), o trabalho infantil afecta 246 milhões de crianças; 110 milhões têm menos de 12 anos; 171 milhões exercem actividades perigosas ou em condições que põem em risco a sua saúde.

ALUNOS: Kailan Junior Gottardi, Micheli de França Rozza, Misael Pablo Sarda e Rubiana Camile Conceição 
Professoras: Kerli Bittencourt e Franciele Barth

GLOBO REPORTER TRABALHO INFANTIL NO BRASIL (09-08-2013)

O trabalho infantil é um grande problema social. Milhares de crianças,ainda deixam de ir á escola á ter seus direitos preservados, e trabalham desde a mais tenra idade na lavoura,campo,fábrica ou casas de famílias em regime de exploração, quase de escravidão, já que muitos deles não chegam a receber remuneração alguma.
trabalho infantil existe mais você não vê
ALUNOS:Emili cahoeira,Lino henrique

PROF:Kerli Bittencourt


Trabalho Infantil: O drama de quem tem que deixar a escola


Trabalho Infantil: O drama de quem tem que deixar a escola
“Eu queria muito continuar estudando, mas em abril eu completo 15 anos e fico fora do programa. Aí, o jeito é voltar pra pedreira. Fico triste também porque não vou ver mais os amigos” (Alex Barreto da Silva, estudante da 4ª série do 1º grau em Conceição do Coité). “Antes, eu só sabia quebrar brita e mal mal lia algum texto, hoje eu aprendi a ler, gosto de matemática e aprendi a bordar, fazer croché e boneca de pano graças ao vale. Só que fiz 15 anos em junho e não posso mais continuar no programa, por isso voltei a quebrar pedra” (Maria Rosa de Jesus, está na 5ª série do 1º grau em Retirolândia). “Eu não queria voltar para o sisal, não vejo futuro aqui, mas fiz 15 anos em setembro e fiquei fora do programa” (Erivelton Silva de Jesus, estudante da 6ª série em Santa Luz). “Tenho 16 anos, passei da idade de entrar nesse programa, e sou meio cabeça dura para estudar. O jeito é continuar fazendo tijolos aqui na olaria” (Carlos Santos da Silva, 3ª série, em Conceição do Coité).


José Bomfim

O que não falta nas crianças e adolescentes da região sisaleira baiana é vontade de estudar. A prova disso é o sucesso do Peti (Programa de Erradicação do Trabalho Infantil) que, desde 1996, quando foi implantado, beneficiou 33.260 crianças na Bahia e, atualmente, assiste a 15.276 famílias, em território baiano. O problema é que o adolescente, ao completar 15 anos, está automaticamente excluído do programa e torna-se um egresso, retornando ao trabalho estafante e sem futuro na pedreira, no sisal ou na olaria. Nesses quatro anos, são mais de 2.500 os egressos.
  Amargura, revolta e indignação marcam o momento da despedida obrigatória. Em muitos casos, o menino ou a menina entrou no Peti quando já tinha 13 anos e, ao começar a realizar seu sonho de aprendizado, estoura a idade limite. “Nesse caso, nós plantamos esperança e colhemos desespero”, afirma Naidison Baptista, secretário executivo do Movimento de Organização Comunitária (MOC), uma Organização Não-Governamental (ONG) fundada há 33 anos, especialista na capacitação de recursos humanos na área rural e na periferia urbana de Feira de Santana e em mais 30 municípios do semi-árido baiano.

Peti

  Na Bahia, o Peti atende a 17 municípios da Região Sisaleira, considerada a mais barra pesada do estado em termos de exploração do trabalho infantil. O programa está em Araci, Conceição do Coité, Nordestina, Queimadas, Retirolândia, Santa Luz, Quijingue, São Domingos, Valente, Mirangaba, Ourolândia, Umburanas, Várzea Nova, Ichu, Nova Fátima, Pé de Serra e Riachão do Jacuípe. Além do MPAS, estão na gestão do programa a Setras, as secretarias municipais de Assistência Social e a Comissão Estadual de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (Competi).
  A comissão é formada por mais de 30 órgãos do governo e de entidades, instituições e ONGs. Os recursos do programa vem do MPAS, da Setras, das prefeituras municipais e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). O presidente da comissão, o economista Frederico Fernandes, assessor especial da Setras, informa que, além da educação formal básica, as crianças contam com a Jornada Ampliada, que promove atividades extraclasse voltadas para o reforço escolar, o lazer, a cultura e os esportes, garantindo o atendimento integral (inclusive com três refeições diárias) e evitando que a criança use o tempo livre para retornar ao trabalho.

Recursos

  Todos que compõem a comissão estadual são unânimes em afirmar a necessidade de ampliar a idade limite para amenizar o problema dos egressos. “Do contrário, não passará de uma paliativo”, acentua Iara Farias, oficial de Direitos do Unicef. A Competi levou a proposta de ampliação de 7 a 16 anos para Brasília. O problema é financeiro. Para assegurar a permanência da criança na escola, o Peti criou a bolsa-escola, que concede R$ 50 mensais por estudante, até o limite de seis filhos, às famílias que mantenham os jovens estudando.
  Desse valor, R$ 25 são repassados à família e R$ 25 à prefeitura municipal para a manutenção das crianças na Jornada Ampliada. O pagamento da bolsa está condicionado à freqüência escolar, que não pode ser inferior a 80% das aulas e das atividades da Jornada Ampliada. Para aceitar a proposta da Competi o governo, por intermédio do MPAS, terá que abrir os cofres e destinar mais recursos para o programa.
  Os recursos envolvem também a capacitação dos profissionais. O MOC e o Unicef foram os primeiros a assinar um convênio para integrar as famílias ao Peti. O projeto, chamado agentes de família tem o objetivo de esclarecer para os pais porque é melhor o filho estudar, em vez de trabalhar. Os 155 agentes são voluntários, que recebem R$ 30 como ajuda de custo. O dinheiro é levantado pelo MOC e pelo Unicef. Na capital, a capacitação profissional fica sob a responsabilidade do Projeto Axé. As pesquisas estão a cargo das universidades Federal da Bahia e Estadual de Feira de Santana. A ONG Cipó Comunicação Interativa é uma das responsáveis pela divulgação.

51 milhões passam fome em todo o país

  Os depoimentos desses adolescentes revelam também a situação de pobreza e desigualdade social que permanece intocável no país. Cerca de 4,5 milhões de crianças brasileiras de 5 a 14 anos de idade trabalham. O Brasil entra no novo século com 51 milhões de habitantes, do total de 150 milhões, passando fome, sem renda que atenda às suas necessidades básicas e passando por humilhação. Dez milhões de famílias brasileiras vivem durante um mês inteiro (a renda per capita) com, no máximo, R$ 80.
  Em dezembro, a Comissão Mista Especial sobre a Pobreza (no Congresso Nacional) anunciou novos cálculos sobre a pobreza no Brasil: são 24 milhões de pessoas vivendo com menos de R$ 40 por mês. A comissão concluiu que, para acabar com o problema, é preciso investir R$ 4,5 bilhões por ano, durante dez anos. Segundo a comissão, a pobreza pode acabar se o governo investir 3,8% do Produto Interno Bruto (PIB), ou mais ou menos R$ 30 bilhões, uma quantia que significa apenas um terço do que foi gasto em 1999 com o pagamento de juros da dívida pública.
  Enquanto isso não acontece, associações, Organizações Não-Governamentais (ONGs), sindicatos e outros entidades vão substituindo o Estado e oferecendo serviços sociais a milhões de carentes. Em alguns casos, o Estado associa-se ao terceiro setor, um exemplo disso é o Peti, que tem a gestão do Ministério da Previdência e Assistência Social (MPAS), de organismos públicos e de ONGs. Em outros casos, a parceria é bem diferente. O Programa Bode-Escola ilustra isto. Antes de o Peti existir, o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Retirolândia (a 220 Km de Salvador) fez um projeto – autoria do seu atual presidente, Noé Carneiro – e entrou em contato com os suíços da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Estava criado o Programa Bode-Escola.

Bode-Escola dá suporte às famílias

  O resultado dessa parceria hoje dá excelentes resultados. O sindicato doa às famílias cabras e bodes - a quantidade de animais depende da dimensão da propriedade, mas a média é de três cabras e um bode - que, em troca, mantém seus filhos menores na escola, tirando-os do trabalho. “Com isso, o agricultor passa a ter leite gratuito, tirado das cabras, e em pouco tempo terá um rebanho, pois a cabra pare duas vezes ao ano, normalmente gêmeos”, explica Noé.
  No final do ano, o agricultor entrega metade do rebanho ao sindicato, para que a entidade mantenha o projeto. O engenheiro agrônomo Orlando Sampaio de Melo, com salários pagos pela OIT, faz o acompanhamento diário, atento para evitar que os animais adoeçam e ensinando aos agricultores como aumentar a produção de leite e aproveitar melhor a carne dos bodes que são abatidos mensalmente. Hoje, na região sisaleira, caminham de mãos dadas o Bode-Escola e o Peti. Pelo resultado alcançado com o Bode-Escola, Retirolândia foi escolhida para iniciar o Programa Bolsa-Escola do Peti, em 96.
  Mesmo com os resultados positivos - entre 1993 e 1998, o número de crianças que trabalha caiu de cerca de 20% para 15% da população infantil - nunca é demais lembrar que a situação não é das melhores: embora 900 mil crianças de 10 a 14 anos tenham ficado livres dos riscos de mutilação em máquinas de sisal, doenças de pulmão em carvoarias e olarias e ferimentos em pedreiras, ainda restam 2,5 milhões de crianças sendo exploradas no trabalho infantil, em todo o país.

Erradicação começou em 95

Há alguns anos, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) condenaram o trabalho infantil, considerando-o um trabalho escravo, e convenceram a maioria dos países a assinar tratados e convenções. Os governos brasileiros assinaram todos, mas só quando foi formado o Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil é que começou a haver uma virada na história. Em 1995, o fórum elaborou o Programa de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (Peti), visando solucionar o problema em São Paulo, no setor de fabricação de calçados; Mato Grosso do Sul (extração de carvão); Pernambuco, na cana-de-açúcar; Sergipe, plantação de laranjas; e na Bahia (sisal, pedreiras e olarias).
  Na região sisaleira, antes disso, já havia uma mobilização para acabar com o trabalho infantil, ressalva Naidison Baptista, lembrando que os pioneiros, em 1993, foram o Sindicato de Trabalhadores Rurais de Retirolândia e o Movimento de Organização Comunitária (MOC), em convênio com a OIT. Feitas as parcerias com o Unicef, governos federal, estadual e municipais e com diversas entidades, formou-se a Comissão Estadual de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (Competi). “Um belo exemplo de democracia é esta comissão, onde os assuntos são debatidos e as decisões tomadas de forma paritária”, afirma Cesare La Rocca, presidente do Projeto Axé.
  Naidison Baptista e Iara Farias também elogiam o trabalho da comissão. Nos municípios do sisal os sindicatos de trabalhadores confirmam. “Ninguém precisa ser cooptado pelo governo, nem o governo prec
isa seguir o discurso ideológico dos sindicatos. O objetivo é a parceria para alcançar um resultado positivo contra essa excrescência que é o trabalho infantil”, reafirma Cesare La Rocca. O Axé, que vai completar dez anos de fundado em 1º de junho, forma recursos humanos, junto com o MOC, para a erradicação do trabalho infantil.
Alunos: Kailan, Micheli, Misael e Rubiana
     



                                Esses são os vintes município brasileiros com o maior índice de trabalho infantil em 2010

Aluno: Luis José Becker        professora:Kerli Bittencourt

Trabalho infantil no Brasil

                                                                

Trabalho Infantil no Brasil


O trabalho infantil no Brasil ainda é um grande problema social. Milhares de crianças ainda deixam de ir à escola e ter seus direitos preservados, e trabalham desde a mais tenra idade na lavoura, campo, fábrica ou casas de família, em regime de exploração, quase de escravidão, já que muitos deles não chegam a receber remuneração alguma. Hoje em dia, em torno de 4,8 milhões de crianças de adolescentes entre 5 e 17 anos estão trabalhando no Brasil, segundo PNAD 2007. Desse total, 1,2 milhão estão na faixa entre 5 e 13 anos.
Apesar de no Brasil, o trabalho infantil ser considerado ilegal para crianças e adolescentes entre 5 e 13 anos, a realidade continua sendo outra. Para adolescentes entre 14 e 15 anos, o trabalho é legal desde que na condição de aprendiz.

Crianças que trabalham


O Peti (Programa de Erradicação ao Trabalho Infantil) vem trabalhando arduamente para erradicar o trabalho infantil. Infelizmente mesmo com todo o seu empenho, a previsão é de poder atender com seus projetos, cerca de 1,1 milhão de crianças e adolescentes trabalhadores, segundo acompanhamento do Inesc (Instituto de Estudos Socioeconômicos). Do total de crianças e adolescentes atendidos, 3,7 milhões estarão de fora.

Ao abandonarem a escola, ou terem que dividir o tempo entre a escola e o trabalho, o rendimento escolar dessas crianças é muito ruim, e serão sérias candidatas ao abandono escolar e consequentemente ao despreparo para o mercado de trabalho, tendo que aceitar sub-empregos e assim continuarem alimentando o ciclo de pobreza no Brasil.

Sabemos que hoje em dia, a inclusão digital (Infoinclusão) é de extrema importância. Além da conclusão do ciclo básico de educação, e da necessidade de cursos técnicos, e da continuidade nos estudos, o computador vem se tornando fundamental em qualquer área de trabalho.

Desde que entrou em prática, no final de novembro de 2005, o projeto de inclusão digital do governo federal, Computador para Todos - Projeto Cidadão Conectado registrou mais de 19 mil máquinas financiadas. Programas do Governo Federal juntamente com governos estaduais, pretendem instalar computadores e acesso a internet banda larga em todas escolas públicas até 2010. Com isso esperam que o acesso a informações contribuam para um melhor futuro às nossas crianças e adolescentes.

Alunos:Kailan,Micheli,Misael e Rubiana.
PROF:Kerli Bittencourt

Resumo do filme: Crianças Invisíveis 1

  FILME CRIANÇAS INVISÍVEIS 1


O filme Crianças Invisíveis retrata sete realidades em sete países diferentes e a questão é que o cenário destes personagens infanto-juvenis revela histórias curtas, mas todas com grande profundidade no decorrer do mundo das crianças dos respectivos países.
As crianças retratadas pertencem a países diferentes entre si, principalmente no que diz respeito à realidade socioeconômica, mostra também deforma nua e crua a relação destes personagens com seus pais, isto quando esta relação existe.
As questões pertinente em todas as histórias fazem parte de um abandono e descaso de famílias mal estruturadas que envolve o poder de mandar, a pobreza, a situação indefesa da criança que se torna presa fácil de ser dominada por ser um “ser” pequeno, sem forças e exploradas por seus próprios pais, ou poralgum aliciador que lhes oferecem um pouco de prazer juvenil no caso, brincadeiras de crianças.
Estas crianças, que se relacionam com o mundo atual, tão agressivo, que são induzidas a prática de ações ilícitas, devido ao mundo perverso e consumista, que desde cedo joga uma série de escolhas em cima do futuro jovem do mundo.
No cenário de Crianças Invisíveis também ocorre além da violência das crianças da África que desde cedo convivem com armas não se importando viver ou morrer, os personagens ciganos que aliciam e ensinam seus filhos a roubarem para sustentar os vícios de seu pai, não dandonenhuma oportunidade ao filho que quer se regenerar na sociedade,https://www.youtube.com/watch?v=IxmBRrbEhFA&hd=1

Formado por 7 curtas realizados no Brasil, Itália, Inglaterra, Sérvia, Burquina Faso, China e Estados Unidos. O projeto de Crianças Invisíveis foi criado para despertar a atenção para o sofrimento das crianças em situações difíceis por todo o mundo. Todos os diretores trabalharam de graça ao realizar seus curtas para Crianças Invisíveis. Parte da renda do filme será destinada para a Unicef e para o Programa Mundial contra a Fome. Exibido na mostra Panorama do Cinema Mundial, no Festival do Rio 2005.


Aluno: Thais,Gyovana,Daizy,Sergio.
Prof: Kerli Bittencourt.
8° II
                             

Índice do trabalho infantil 2013 no Brasil 

Aluno:Luis José Becker     professora:Kerli Bittencourt

número de trabalhadores com idade entre 5 A 17 anos no brasil no ano de 200

                                                                
Aluno:Lucas Taufenbach

Exploraçao do trabalho infantil no Brasil e no mundo

Exploração do trabalho infantil no Brasil e no mundo


aluno:Kauan Borges,Andressa Padilha,André Nunes

Eu Quero Estudar

                                                 

“Eu quero estudar”, diz Iara, empregada doméstica desde os 14 anos


Iara*, 18 anos, e Cenira Sarmento, 66, viveram experiências parecidas quando adolescentes. Elas não tiveram o luxo de levar bronca dos pais pela bagunça do quarto, como acontece com as meninas dessa idade. Aos 14 anos, eram elas que arrumavam a bagunça dos outros. Apesar da diferença de gerações, as duas tiveram a mesma sina: foram enviadas por seus pais para trabalhar como empregadas domésticas em Belém como continua a acontecer com muitas meninas do interior do Pará.
Iara tinha 14 anos quando deixou a casa da família em Viseu (305 quilômetros da capital). Cenira tinha 10 quando saiu de São Caetano de Odivelas (110 quilômetros de Belém). Embaladas pela expectativa de um futuro melhor graças aos estudos na capital, desembarcaram assustadas na cidade onde não conheciam ninguém. Foram direto para a casa onde trabalhariam, morariam e aprenderiam lições mais duras do que a rotina diária de limpar a casa, lavar a roupa, fazer o almoço, lustrar a prata.
O  primeiro ensinamento foi sobre disciplina rígida. Iara não gosta de lembrar dos gritos que a humilhavam quando esquecia de limpar um canto da casa. Cenira levava cascudos, quando errava o lugar da louça.
Nas tardes em que Iara insistia em ir à escola, a patroa ralhava e cinicamente ameaçava chamar o conselho tutelar. “Trabalho infantil é crime, tu quer prejudicar seus pais?”. A menina se calava. Como ela, que não tinha nem documento de identidade, poderia argumentar sobre a interpretação das leis? E assim recebia o segundo ensinamento: a submissão.
Lição que era reforçada no cotidiano, até nos “conselhos” que recebia dos patrões. Iara ganhava 100 reais mensais para trabalhar das 6 horas da manhã até a meia noite, de segunda a domingo. Quando falava sobre o desejo de cursar uma faculdade, ouvia da patroa: “Para com isso, menina, pobre tem que se conformar com o seu lugar”.
Cenira, que cresceu em um tempo ainda mais duro com as trabalhadoras domésticas, também recebia aulas diárias sobre o “seu lugar”. Dos 10 aos 15 anos, comia os restos da comida da família, vestia-se com as roupas usadas pelas crianças de quem cuidava e dormia em um quartinho no fundo do quintal. Esse era o seu pagamento pelo trabalho diário.
Mas ela não reclama da sorte: “Sei que fui lambaia [escrava], eu tirava sangue pra fazer tudo naquela casa, cansei de lavar vaso sanitário com as mãos. Mas aprendi o serviço, depois tive orgulho de virar arrimo da minha família”. E conclui com a voz firme da convicção: “Eu acho um absurdo essa lei que criança não pode trabalhar. Trabalhar é bom, não mata ninguém”.
Seu jeito de pensar reflete a opinião de grande parte da população paraense, para quem trabalhar cedo pode ser uma parte importante da formação. E ajuda a explicar porque Iara e Cenira, que nasceram com quase 40 anos de distância, viveram experiências ainda bastante parecidas.
Mas há ao menos uma diferença fundamental entre as duas trajetórias, que pode determinar destinos distintos para as duas.
Cenira só começou a estudar aos 38 anos, quando sua filha também já trabalhava como doméstica. Já Iara, apesar das proibições da patroa, sempre esteve matriculada na escola. Mesmo com mais faltas do que presenças, no contato com colegas e professores ela descobriu que poderia escolher uma profissão diferente daquela que a aprisionava.
Por isso tem planos para o futuro, por enquanto sonhos, que revelam como conseguiu subverter as lições da patroa: “Vou cursar faculdade de direito. Quero ser advogada para dar conforto aos meus pais, pagar a faculdade dos meus irmãos e defender as crianças que são exploradas por adultos, como eu fui”, diz.

Alunos: Kailan, Micheli, Misael e Rubiana
Prof: Kerli Bittencourt
8° II

Índice de trabalho infantil no Brasil

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